Existem diversas ideias sobre como fazer campanhas, mas quais são as mais eficazes? As campanhas buscam maneiras de entrar em contato com seus apoiadores, conquistando-os e estabelecendo um vínculo emocional.
O que é uma campanha política?
Ela é um esforço bem organizado para influenciar a tomada de decisões dentro de um grupo específico. Elas são freqüentemente usadas em democracias para eleger seus representantes ou decidir sobre referendos.
Como escolher a mensagem da campanha?
A mensagem deve conter as ideias que o candidato deseja compartilhar com os eleitores, para persuadir aqueles que compartilham suas opiniões a apoiá-los quando concorrerem a um cargo. Ela freqüentemente inclui vários pontos de discussão sobre assuntos políticos e deve reiterar os aspectos-chave da campanha.
Em muitas eleições, o partido adversário tentará “enganar” o candidato levantando questões de política ou interesse pessoal não relacionadas aos pontos de discussão. A maioria das campanhas prefere manter sua mensagem geral para atingir o maior número de eleitores em potencial. Uma mensagem excessivamente específica pode afastar os eleitores ou fazer com que o candidato demore mais para esclarecer as coisas.
Por exemplo, na eleição presidencial americana de 2008, John McCain usou a mensagem “Country First” para enfatizar seu senso de patriotismo e experiência política. Mais tarde, a mensagem foi modificada para destacar seu status de “The Original Maverick” dentro do establishment político. Ao longo de sua campanha, Barack Obama manteve a mesma mensagem direta e imutável de “mudança” (change).
Técnicas usadas para campanhas
Sua equipe deve pensar em como divulgar a mensagem, encontrar voluntários e arrecadar dinheiro. Essa equipe pode ser apenas um indivíduo motivado ou uma grande equipe de profissionais.
A publicidade da campanha usa elementos de poli entretenimento, que combina elementos de propaganda, publicidade comercial e entretenimento. A legislação, os recursos disponíveis e a criatividade dos participantes restringem os canais que as campanhas podem usar para divulgar suas visões. O plano de campanha é a estratégia formal que frequentemente combina essas táticas.
A estratégia considera o objetivo de uma campanha, mensagens, mercado-alvo e recursos disponíveis. Normalmente, a campanha trabalhará para encontrar apoiadores enquanto também divulga sua mensagem.
O cientista político Joel Bradshaw afirma que existem 3 tipos de eleitores em toda eleição: os partidários do candidato, os da oposição e os indecisos. É possível identificar quem pertence a cada um desses grupos por meio de informações de resultados eleitorais anteriores, cadastro eleitorais, pesquisas de opinião e monitoramento da mídia. Obter o apoio de todos não é viável nem necessário. Assim, para ter sucesso, as campanhas devem concentrar seus recursos, tempo, dinheiro e mensagem, em grupos críticos de eleitores.
Tecnologia moderna e a Internet
Hoje em dia, não há como fazer campanhas sem utilizar a internet. Para diversas formas de ativismo, ferramentas de comunicação como e-mail, sites, podcasts e vídeos permitem um contato mais rápido entre os movimentos de cidadãos e a disseminação de uma mensagem para um grande público. Essas ferramentas são usadas para organização, lobby, construção de comunidades, voluntariado e arrecadação de fundos para causas.
As informações da campanha online podem ser compartilhadas por meio de páginas de destino, snippets do Google, gráficos abertos de mídia social, etc. O primeiro candidato a se inscrever para a eleição para prefeito de Denver em 2019 foi Marcus Giavanni, consultor de mídia social, desenvolvedor de blockchain e segundo colocado na eleição de 2015. Giavanni continha campanhas usando algoritmos de ponta, inteligência artificial e previsões de indexação de voz.
A seguir, sugerimos seis estratégias para impulsionar o seu nome e a sua campanha, ajudando-o a alcançar os eleitores da maneira mais eficaz possível.
As Lives permitem que os políticos dêem suas próprias notícias e se envolvam em diálogos em tempo real com os cidadãos, atuando como um substituto para os noticiários tradicionais. Hoje, muitos políticos fazem Lives regularmente pelo Facebook e pelo Instagram para interagir com o público, pois elas permitem conversas significativas e envolventes, em vez de apenas falar com os eleitores. As Lives são particularmente eficazes para políticos locais menores que precisam abordar questões que podem não receber grande cobertura de notícias.
A representante da Câmara da Flórida, Anna Eskamani, usou Lives para informar as pessoas sobre benefícios de desemprego e outras questões durante a pandemia de COVID-19. Alexandra Ocasio-Cortez regularmente faz Lives no Instagram para informar seus eleitores.
Nas redes sociais, uma forma de aumentar o engajamento é fazer perguntas relevantes aos seus seguidores e respondê-las. Isso demonstra sua vontade de ouvir o que seus apoiadores têm a dizer.
Você pode abrir caixas de perguntas no Stories do Instagram e escolher quais responder, tendo tempo para pensar como vai responder. Isso permite que você publique comentários mais perspicazes e forneça algo a que os eleitores possam se referir mais tarde. Outra forma de se utilizar dessa estratégia é por meio de Lives. Anna Eskamani faz Lives semanais com perguntas e respostas, utilizando a hashtag #AskAnna.
Durante uma campanha eleitoral, o endosso de pessoas famosas ou poderosas pode aumentar a visibilidade e a legitimidade de um candidato. Uma celebridade ou alguém com um número de fãs considerável pode apoiar um candidato de várias maneiras, inclusive fazendo pronunciamentos públicos, aparecendo nas campanhas ou levantando dinheiro em nome do candidato.
O “Yes, we can” de Obama foi uma das propagandas mais incomuns até hoje e só estava acessível online. Diversos artistas participaram, como Will.i.am, do Black Eyed Peas, e o filho de Bob Dylan, Jesse Dylan, cantando uma música que estava presente em um anúncio no site oficial da campanha. Quando o vídeo foi para o Youtube, ele viralizou e recebeu mais de 26 milhões de visualizações em questão de dias. Isso resultou em um boom de arrecadação de fundos e na vitória de Obama, que recebeu 68% e derrotou John McCain.
Enquanto alguns políticos optam por se promover nas mídias sociais e outros canais, criar um site da campanha ainda é considerado importante, pois ele servirá como a impressão inicial do eleitorado sobre o candidato e deve ser feito para atraí-los. Um bom site deve ser, ao mesmo tempo, amigável, complexo mas simples, informativo e envolvente. Não deve parecer ser feito às pressas, mas também não deve ser extremamente intrincado ou confuso.
Essa é uma das estratégias mais importantes durante a campanha. Uma opção é a realização de eventos de fundraising, podendo ser através da realização de um jantar, uma festa, um concerto ou leilão. Outra opção é pedir doações a pessoas ou empresas através de malas diretas, e-mails ou de um site. É importante explicar aos doadores em potencial como sua campanha se beneficiaria com as contribuições.
Ser criativo também ajuda nessa hora. Sarah Crawford ganhou notoriedade como candidata ao Senado da Carolina do Norte durante a pandemia de COVID-19 ao promover uma “corrida virtual de 5km”, que oferecia medalhas e outros benefícios aos “corredores”. Para se inscrever na corrida, os apoiadores de Crawford fizeram pequenas doações à sua campanha.
A decisão de qual jornalista vai cobrir qual candidato pode ter um impacto significativo na percepção dos eleitores. Regina Lawrence, diretora executiva do Agora Journalism Center da Universidade de Oregon SOJC, afirmou que o reconhecimento do nome é o principal fator que influencia as eleições. Segundo ela, alguns candidatos podem se tornar quase invisíveis se não conseguirem despertar o interesse da mídia.
Entre em contato com os jornais locais, estações de rádio e estações de TV para informar sobre seus eventos e planos. Press releases também são muito utilizados pelas campanhas. Uma boa cobertura da mídia pode ajudar sua campanha a ganhar impulso e alcançar mais eleitores.
Referências:
determ: bit.ly/47pgBUV