“A ideia é promover um trabalho humanitário e agir com independência e autonomia para falar dessas crises esquecidas. Comunicar está na gênese de MSF. Temos médicos, enfermeiros, profissionais de saúde mental, logística, engenheiros e arquitetos, por exemplo, em uma grande variedade de profissionais, presente em mais de 70 países”, diz Fernanda Salerno, gerente de aquisição e relacionamento da organização.
No Brasil, o MSF possui cerca de 150 profissionais, com escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo. Atualmente, a ONG atua em projetos assistenciais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Roraima, Mato Grosso e Goiás.
o contrário do que se pensa, os profissionais não são voluntários -todos recebem salários. “Até mesmo para a gente ter um compromisso com eles, ser recíproco. Daí vem a importância da comunicação e da captação de recursos. MSF trabalha com os pilares de neutralidade, independência e imparcialidade. A neutralidade dá total independência financeira”.
Segundo Fernanda, 80% do total da arrecadação tem que ir, obrigatoriamente, para os projetos da ONG pelo mundo. “A maior parte da arrecadação é feita pela TV, de pessoas ‘normais’. A captação também é feita pelas equipes de rua, que trabalham em cinco cidades, além das redes sociais”.
A agência de publicidade parceria de MSF é a Repense, há cerca de 10 anos. O plano de comunicação da ONG, entretanto, é feito pela equipe de MSF. “Ano passado, por exemplo, fizemos 86 versões do plano de mídia. Não perdemos tempo com testes. O call center começa a receber as ligações entre 5 e 10 segundos depois que nosso 0800 aparece no comercial de TV. No dia seguinte, já temos os resultados da inserção. Conseguimos ter uma resposta muito rápida”, declara Fernanda.
O Médicos Sem Fronteiras também possui uma forte presença nas redes sociais. A página brasileira da ONG no Facebook tem 1,8 milhão de fãs, enquanto o Instagram da organização possui mais de 360 mil seguidores.
“Nossa reputação é um dos nossos maiores bens. Sem modéstia, isso é fruto do cuidado e da transparência. Para isso, fazemos o monitoramento constante das informações que são veiculadas, e o site de MSF é atualizado quase diariamente. Temos um respeito enorme com o nosso doador: não fica um sem resposta”, diz.
“Ele nasceu como uma campanha de endomarketing e foi transformado em comercial de TV. É o filme que mais converte em doações. Com ele, veio uma fórmula de como tocar as pessoas. Tiramos [o comercial] do ar neste segundo semestre e queremos fazer uma renovação dele, com mais diversidade, para o ano que vem”, declara.
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