O Marketing Social ou marketing de causa, como alguns preferem chamar, funciona distribuindo boas intenções e mudando comportamentos. Sua organização social compreende a importância da execução do plano de marketing para a causa?
Neste artigo, trazemos exemplos que vale a pena ficar de olho.
É fato que as atividades de marketing assumiram papel de destaque no crescimento de muitas empresas, em especial no ambiente atual de concorrência crescente.
Se a atuação do marketing já é desafiadora em termos de demonstrar bons resultados para marcas já consagradas, imagina o quanto não deve ser difícil convencer o público de ideias ligadas ao bem-estar coletivo e que envolvem mudanças de comportamento.
Este é o desafio do chamado Marketing Social ou Marketing Relacionado a Causas (MRC), ou seja, aquele voltado a causas sociais. E é difícil manter o engajamento do público em determinadas causas.
As organizações sociais e do Terceiro Setor precisam fazer bom uso das ferramentas do Marketing Social e criar campanhas de marketing para seduzir possíveis apoiadores das suas causas em busca da maximização dos resultados. Mas, por vezes, não sabem como.
A verdade é que algumas organizações sociais não estão nem mesmo organizadas para orientar seis resultados de campanha em termos de valores aos apoiadores e investidores, estando, quase sempre, direcionados aos resultados apenas de “likes” no Facebook.
O Marketing Social, desde a década de 1970, no olhar dos professores Philip Kotler e Gerald Zaltman, toca aqueles em busca de sentido. E, por essa razão, considera o desafio de atingir o seguinte objetivo: aumentar a adesão a uma “ideia de sociedade” em um determinado público.
Em comparação, enquanto o marketing tradicional se preocupa com o curto prazo e o retorno do investimento imediato, o Marketing Social está de olho no longo prazo, trazendo para causas sociais o comprometimento e colaboração entre os diversos públicos.
O objetivo é, portanto, impacto na sociedade, impacto financeiro na organização, impacto no valor da causa.
Selecionamos exemplos de campanhas, simplesmente, arrasadoras.
Agora um breve exercício, responda às seguintes perguntas:
A campanha do Ministério do Meio Ambiente de 2010 contribuiu para evitar a utilização de 600 milhões de sacolas plásticas em supermercados no Brasil por meio da distribuição de 190 mil sacolas retornáveis para diversas instituições e empresas que defendem o consumo consciente.
As ações de comunicação foram bem operacionalizadas durante o período da campanha e, com isso, gerou-se valor. As métricas dos resultados foram a redução de 30% a 40% do uso das sacolas.
A reconhecida campanha de conscientização sobre os direitos da criança e do adolescente, realizada em parceria com a Unesco, foi lançada, em 1986, e já beneficiou mais de 4 milhões de crianças em todo o território nacional.
Além do evento anual que é o grande responsável pelas doações, é possível contribuir com a campanha durante todo o ano.
Criado pelo Instituto Ronald McDonald, o evento é a campanha mais expressiva do país voltada às crianças e adolescentes com câncer. Desde 1988, a campanha já arrecadou mais de R$ 200 milhões.
Anualmente, no último sábado de agosto, os recursos obtidos com a venda dos sanduíches Big Mac são direcionados a instituições que trabalham para melhorar a vida dessas crianças.
Criado pela marca PEDIGREE®, o programa surgiu nos Estados Unidos e, hoje, está presente no Brasil e em outros países do mundo.
Por aqui, a campanha pretende conscientizar as pessoas sobre a adoção de pets abandonados, mobilizando a população para a causa. Além de trabalhar na sensibilização das pessoas, a campanha ajuda ONGs que cuidam dos animais.
Campanha da loja Kanui, a First Step foi criada com o objetivo de arrecadar sapatos usados para pessoas carentes.
A empresa separou mil caixas, que são enviadas, aleatoriamente, para os clientes que compram pares de tênis, e as embalagens tiveram seus interiores carimbados com o logo da campanha, um texto explicando a ação, instruções para envio ao Exército de Salvação e um código dos Correios com o frete já pago para o envio do par.
A plataforma criada pela companhia Ambev existe desde 2011 e contribui para o desenvolvimento de mais de 60 cooperativas em dez estados do Brasil, por meio de melhorias na gestão, infraestrutura e doação de equipamentos, facilitando o acesso à indústria recicladora e o aumento da renda dos catadores.
Parceria da Nespresso com a ONG Banco Alimentar Contra a Fome, de Portugal, o projeto é executado há cinco anos.
Funciona de forma simples: o consumidor guarda as cápsulas de café depois de usá-las e depois as leva até uma das lojas da marca. A empresa retira a borra de café – que vai servir de adubo em plantações de arroz – e separa o alumínio, que é encaminhado às centrais para a manufatura.
Tudo o que é produzido é controlado de perto, embalado e doado à ONG, que, por sua vez, distribui o arroz às pessoas carentes. A campanha já entregou mais de 190 toneladas de arroz.
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