A campanha de Biden se torna a primeira a arrecadar US$ 1 bilhão por meio de doadores
7 de dezembro de 2020
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A campanha de Biden se torna a primeira a arrecadar US$ 1 bilhão por meio de doadores

A campanha do presidente eleito Joe Biden é a primeira na história a arrecadar US$ 1 bilhão em doações, quebrando um novo recorde nas eleições de 2020 e estabelecendo um novo marco para a arrecadação de fundos políticos.

Biden obteve uma enorme vantagem financeira sobre o então presidente Donald Trump durante os meses finais da campanha, gastando muito mais que Trump em estados decisivos, nos quais acabou vencendo por margens estreitas. Biden também teve um apoio superior de super PACs. 

A campanha de Biden arrecadou quase US$ 107 milhões de 15 de outubro a 23 de novembro, de acordo com relatórios da Comissão Eleitoral Federal (FEC). 

No geral, o ciclo eleitoral de 2020 é de longe o mais caro de todos os tempos. A OpenSecrets (um dos principais grupos de pesquisa do país que rastreia o dinheiro na política dos EUA e seu efeito nas eleições e nas políticas públicas) estimou que a eleição custará cerca de US$ 14 bilhões, duas vezes mais do que a disputa de 2016, e o total pode aumentar ainda mais com os grandes gastos nas eleições para o Senado da Geórgia.

A campanha de Trump arrecadou US$ 178 milhões de 15 de outubro a 23 de novembro, de acordo com os arquivos da FEC. Isso é significativamente mais do que Trump arrecadou durante os meses que antecederam a eleição. A campanha enviou centenas de e-mails enganosos de arrecadação de fundos para sua grande lista de apoiadores acusando os democratas de tentar “roubar” a eleição e pedindo dinheiro para financiar seus desafios. De acordo com registros pós-eleitorais, a campanha gastou cerca de US$ 9 milhões em esforços de recontagem, com a grande maioria de seu dinheiro gasto em taxas de publicidade e arrecadação de fundos.

A campanha de Trump relatou trazer US$ 774 milhões em contribuições líquidas, a segunda maior arrecadação por um candidato presidencial. Isso além de centenas de milhões que Trump arrecadou para o Comitê Nacional Republicano e dinheiro restante que os comitês conjuntos de arrecadação de fundos de Trump não transferiram para a campanha principal.

A arrecadação de fundos de US$ 1 bilhão da campanha de Biden não tem precedentes. A campanha mal sucedida do ex-prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, gastou US$ 1,1 bilhão, mas esse dinheiro veio do próprio Bloomberg, não de doadores individuais. O ex-presidente Barack Obama arrecadou US$ 745 milhões em 2008 e um pouco menos em 2012.

Tanto Biden quanto Trump enfatizaram que 2020 foi palco da “eleição mais importante de todos os tempos”, deixando isto claro através da enxurrada de apelos online para arrecadação de fundos. Os candidatos gastaram somas recordes em anúncios online, com o objetivo de converter a raiva dos apoiadores em doações para as campanhas. Investiu-se pesadamente na arrecadação de fundos online uma vez que a pandemia impossibilitou eventos presenciais. 

A organização democrata ActBlue arrecadou US$ 4,8 bilhões em doações online no ciclo de 2020, e a organização rival dos republicanos, WinRed, focou em pequenos doadores. Até meados de novembro, Trump arrecadou cerca de 49% de seu dinheiro de pequenos doadores, enquanto Biden arrecadou cerca de 38%. O presidente eleito recebeu muito mais apoio de doadores do setor financeiro, bem como de advogados e educadores.

 

Fonte: http://bit.ly/3bauMCb